Familia, meu maior presente

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os olhos de quem vê

Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.



O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.



Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo…



Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:



- E aí, filhão, como foi a viagem para você?



- Muito boa, papai.



- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?



- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.



- E o que você aprendeu, com tudo o que viu naquele lugar tão paupérrimo?



O menino respondeu:



- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro.



Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.



Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.



Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.



Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!



O filho suspirou e continuou:



- E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto!



No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.



Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós.



Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.



Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefado, sem graça e envergonhado.



O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:



- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres!



MORAL DA HISTÓRIA:



Não é o que você tem, onde está ou o que faz, que irá determinar a sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto! Tudo o que você tem, depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza. Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas, então… Você tem tudo!




Charlie Chaplin

Um comentário: